sábado, 20 de agosto de 2011

Papa anuncia que irá proclamar novo doutor da Igreja




Durante a Missa para os seminaristas, na manhã deste sábado, 20, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madri, na Espanha, o Papa Bento XVI anunciou que vai declarar São João de Ávila como novo Doutor da Igreja.

“Com grande alegria, no marco da santa igreja Catedral de Santa Maria a Real da Almudena, quero anunciar agora ao povo de Deus que, acolhendo os pedidos do Senhor Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, o Eminentíssimo Cardeal Antônio Maria Rouco Varela, Arcebispo de Madri, dos outros Irmãos no Episcopado da Espanha, bem como de um grande número de Arcebispos e Bispos de outras partes do mundo, e de muitos fiéis, declararei, proximamente, São João de Ávila, presbítero, Doutor da Igreja”, disse o Papa.

Ao divulgar esta notícia, o Pontífice expressou seu desejo de colocar as palavras e a vida desde santo como exemplo para os seminaristas ali presentes.

“Convido todos a dirigirem o olhar para ele, e confio à sua intercessão os Bispos da Espanha e de todo o mundo, bem como os presbíteros e seminaristas para que, perseverando na mesma fé que ele ensinou, possam modelar seu coração conforme os sentimentos de Jesus Cristo, o Bom Pastor, a quem seja dada toda glória e honra por todos os séculos dos séculos”, destacou Bento XVI.

São João de Ávila

João de Ávila, nasceu em Almodóvar del Campo, em Castilla Nueva. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Alcalá. É considerado como um dos mais influentes Santos da Espanha do século XVI. Foi amigo de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (jesuítas) e conselheiro espiritual da Santa Teresa, se atribui a ele também a conversão de São Francisco de Borja e São João de Deus.

Ordenado sacerdote mostrou tal eloquência, que o Arcebispo de Sevilha pediu que se dedicasse à evangelização em seu país. Trabalhou durante 9 anos nas missões de Andaluzia.

Dedicou-se a pregar o Evangelho em todas as regiões da Espanha, principalmente nas cidades. Os mais famosos de seu escritos são suas cartas e o tratado: “Audi Filia”.

Foi beatificado em 1894 e canonizado pelo Papa Paulo VI em 31 de maio de 1970. Sua festa se celebra no dia 10 de maio.


Fonte: Canção Nova Notícias

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Alguns Pensamentos de S. Giuseppe Moscati




"A vida é um piscar de olho: honras, triunfos, riquezas e ciências tombam, diante da realização do grito do Gênesis, do grito lançado por Deus contra o homem culpado: tu morrerás!
Mas a vida não acaba com a morte, continua com um jeito melhor. Para todos é prometido, após a redenção do mundo, o dia que nos reunirá a nossos entes falecidos, e que nos reconduzirá ao supremo Amor!" [De carta ao advogado Mariconda, que perdeu a irmã. 27 de fevereiro 1919]

"Mas a vida foi definida um relâmpago no eterno. E nossa humanidade, por mérito da dor que a recheia, e da qual se saciou Aquele que vestiu nossa carne, transcende a matéria e nos leva desejar uma felicidade além do mundo. Bem-aventurados aqueles que seguem essa tendência da consciência, e olham para o além, onde os afetos terrenos, que pareciam precocemente quebrados, serão reunidos". [Da carta à Senhorita Carlotta Petravella, que perdeu a mãe. 20 de janeiro 1920]

"Lembras que, seguindo a medicina, assumiste a responsabilidade de uma sublime missão. Persevera, com Deus no coração, com os ensinamentos de teu pai e de tua mãe sempre na memória, com amor e piedade para os derrelitos, com fé e entusiasmo, surdo aos elogios e críticas, impassível à inveja, disposto só ao bem" [Da carta ao Dr. Giuseppe Biondi, 4 de setembro 1921]

"Seja o que for, lembra duas coisas: Deus não abandona ninguém. Quanto mais te sentires só, ignorado, vilipendiado, incompreendido e quando pensares sucumbir ao peso de uma grave injustiça, terás a sensação de uma força infinita e arcana, que te tornará capaz de propósitos bons e viris, de cuja potência te maravilharás, quando tornares sereno. E esta força é Deus!" [Da carta ao Dr. Cosimo Zacchino, 6 de outubro 1921]

"Os doentes são as imagens de Jesus Cristo. Muitos malvados, delinqüentes, blasfemadores, acabam de chegar ao hospital por disposição da misericórdia de Deus, que os quer salvos! Nos hospitais a missão das irmãs, médicos, enfermeiros, é de colaborar a esta infinita misericórdia, ajudando, perdoando, e se sacrificando." [Folhinha escrita por Moscati, com data de 17 de janeiro de 1922, e encontrada num livro após sua morte]

"Mesmo longe, não deixes de cultivar e rever cada dia teus conhecimentos. O progresso fica numa contínua critica de quanto aprendemos. Uma só ciência é inabalável e imutável, aquela revelada por Deus, a ciência do além!. Em todas suas obras, olhe para o Céu e à eternidade da vida e da alma, e teu rumo será bem diferente de como seria sugerido pelas puras considerações humanas, e tua atividade será inspirada ao bem". [Da carta ao Dr. Consoli, aluno de Moscati, que devia deixar Nápoles. 22 de julho 1922]

"Meu Jesus, amor! Teu amor me torna sublime; teu amor me santifica, me leva não a uma criatura só, mas a todas as criaturas, à infinita beleza de todos os seres, criados à tua imagem e semelhança!" [Oração escrita por Moscati, de 5 de junho de 1922, encontrada pela irmã Nina]

"Não a ciência, mas a caridade transformou o mundo, em algumas épocas; somente poucas pessoas passaram à história por causa da ciência; mas todos poderão ficar eternos, símbolo da eternidade da vida, em que a morte é só uma etapa, uma metamorfose para uma ascensão maior, se dedicarem-se ao bem.
Sempre está vivo no meu coração a amargura por saber-te longe; e somente me conforta a esperança que tu tenhas guardado em ti algo de mim; não porque vale nada, mas por aquele conteúdo espiritual que me esforcei de guardar e difundir ao meu redor: tarefa sublime, mas tão inatingível pelas minhas pobres forças.! [Da carta ao Dr. Antonio Guerricchio, 22 de julho 1922]

"Ama a verdade; mostra-te qual és, sem ficções, medos e precauções. Se a vida te custar perseguição, aceita-a; e se for o tormento, suporta-o. E se para a verdade precisares sacrificar a ti mesmo e tua vida, seja forte no sacrifício." [Bilhete escrito no 17 de outubro 1992, por Giuseppe Moscati]

"Lembra que viver é missão, é dever, é dor! Cada um de nós deve ter seu lugar de combate...
Lembra de te preocupar não só do corpo, mas também das almas que gemem, que te procuram. Quantas dores saberás aliviar mais facilmente com o conselho, e descendo ao espírito, mais do que as frias receitas a ser entregues para o farmacêutico! Se alegre, porque grande será sua recompensa; mas precisa dar exemplo de tua elevação a Deus para aqueles que te rodeiam". [Da carta ao Dr. Cosimo Zacchino. Ascensão 1923]

"Acreditei que todos os jovens merecedores, encaminhados entre as esperanças, sacrifícios, anseios de suas famílias, à via da medicina nobilíssima, tivessem o direito a se aperfeiçoarem, lendo um livro que não foi imprimido preto no branco, mas que por capa tem as camas hospitalares e as salas de laboratório, e por conteúdo a dolorida carne dos homens e o material científico, livro que precisa ser lido com infinito amor e grande sacrifício ao próximo.
Pensei que fosse uma dívida de consciência instruir os jovens, aborrecendo o costume de guardar com mistério ciumento o fruto da própria experiência, mas revela-lo a eles..." [Da carta ao Prof. Francesco Pentimalli. 11 de setembro 19239]

"Todos os jovens deveriam compreender que na prática da continência está o melhor modo de se prevenir da maior doença transmissível... Tendo seu espírito e seu coração longe da imoralidade, com um exercício de renúncia e de sacrifício, deveriam jurar de conceder sua maturidade e sanidade sexual somente ao ser unicamente amado." [Do prefácio de G. Moscati a um livro de Giuseppe De Giovanni s.j. e do Prof. Mario Mazzeo, com o título: L’eugenica. 1925]

"Tenho aqui na mesinha, entre as primeiras flores da primavera, o retrato de tua filha, e paro, enquanto escrevo, a meditar sobre a caducidade das coisas humanas. Beldade, todo encanto da vida passa... Fica eterno só o amor, causa de toda obra boa, que sobrevive a nós, que é esperança e religião, porque o amor é Deus.
Satanás tentou poluir também o amor terreno, mas Deus o purificou pela morte. Grandiosa morte que não é fim, mas princípio do sublime e do divino, diante dele estas flores e beleza são nada! Teu anjo, tirado em seus verdes anos, como sua dileta amiga, encontrada nos últimos dias, a bem-aventurada Teresa, do céu protege a ti e a sua mãe..."
[Da carta ao Escrivão De Magistris, cuja jovem filha faleceu. 7 de março 1924. * José Moscati era muito devoto à então bem aventurada Teresa do Menino Jesus (S. Teresa de Lisieux). Fale dela em algumas suas cartas e tinha em seu quarto uma sua imagem. Sobre isso pode-se ler o artigo de Giuseppe Samà s.j.: S. Teresa de Lisieux e S. José Moscati, dois grandes santos de nosso tempo.]

"Esta noite li a sua tese. Foi um grande sucesso... A comissão toda aplaudiu. Veja que quem não abandona Deus, terá sempre um guia na vida, segura e reta. Não prevalecerão desvios, paixões contra aquele que do trabalho e da ciência – dos quais Initium est timor Domini – fez seu ideal." [Da carta ao Dr. Francesco Pansini. 10 de março 1926]

"Que a matéria seja animada por muitíssimas e profundas energias que a envolvem em suas atividades e na progressiva complexidade de suas formas, nada se opõe a acolher, mas precisa também lembrar que este princípio de espiritualidade... esta ordem maravilhosa, que se organiza na matéria até alcançar os mais altos topos de sua elaborada organização, não seja outra coisa que o atestado de um Deus absconditus que regula com suprema inteligência este soberbo edifício sobre o qual se eleva a vida, vida que acontece por causa das leis da Alta Sabedoria que tudo move; ainda mais maravilhosas quando elas governam não somente os cosmos colossais, mas também a mais delicada trama do mais microscópico elemento." [Pensamento de Moscati referido pelo Prof. Pietro Castellino após a morte do Santo]

" A necessidade de eternizar no mármore e no bronze as grandes figuras falecidas, e celebrar sua obra, demonstra que o pensamento e o espírito humano são eternos.
Abaixo de cada cruz e cada haste deste cemitério, onde parece que haja só ossos inermes e pó, há a lembrança de um coração que viveu do amor infinito e sofreu uma imensa dor; tem a sede de um espírito que não pode ficar extinguido." [Palavras de Moscati para a dedicação de um busto a Giovanni Paladino, no cemitério de Poggioreale]

"Amamos a Deus sem medida, quer dizer, sem medida na dor e sem medida no amor... Coloquemos todo nosso afeto, não somente nas coisas que Deus quer, mas na vontade do mesmo Deus que as determina." [Do depoimento da Senhorita Emma Picchillo]

"Exercitemo-nos quotidianamente na caridade. Deus é caridade: quem está na caridade está em Deus e Deus está nele. Não esqueçamos de fazer cada dia, aliás, cada instante, oferenda de nossas ações a Deus, cumprindo tudo por amor a ele." [Do depoimento da Senhorita Emma Picchillo]

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Fonte: http://www.moscati.it/Brasil.html